Comemoração dos 187 anos do nascimento de D.Pedro II

"Comemoração aos 187 anos do nascimento de Sua Alteza Imperial Real Dom Pedro II do Brasil.
 O Magnânimo. Mecenas das Ciências e das Artes e o maior homem que o Brasil já produziu
em todos os aspectos." 2 de dezembro de 1825 - 5 de dezembro de 1891

D.Pedro II, O Magnânimo.

Ficheiro:Pedro Américo - D. Pedro II na abertura da Assembléia Geral.jpg
Cerimônia de abertura anual da Assembléia Constituinte.
 "A Fala do Trono" - Pedro Américo 1872


 Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, conhecido como D.Pedro II, ou melhor, O Magnânimo  assim como era muitas vezes chamado, foi o ultimo Imperador  do Brasil e um dos homens mais celebres e importantes para nossa pátria. Nascido no paço de São Cristóvão no Rio de Janeiro no dia 2 de dezembro de 1825, sua vida foi marcada por perdas, poder, inteligência e simplicidade, combinação essa que faz dele um digníssimo Imperador.
  Quando o jovem príncipe ainda tinha 5 anos de idade tornou se imperador (de jure) pois seu Pai o então Imperador D.Pedro I abdicara do trono para tomar a frente da Revolução Liberal do Porto, e desde então o jovem Pedro teve uma vida muito regrada e direcionada aos estudos para se tornar um Imperador, com a rígida observação dos seus Regentes. Sua mãe a Arquiduquesa da Áustria, Imperatriz do Brasil Dona Leopoldina morreu um ano após seu nascimento, no parto de um menino nascido morto, o jovem Pedro não tinha lembranças de sua mãe e as lembranças que tivera do seu pai foram perdidas com o tempo e o que restou foi que ouvia sobre sua mãe e a forte imagem de seu pai como seu imperador.
  Pedro II tomou posse do trono de fato muito cedo,  com então 14 anos aconteceu o Golpe da Maioridade, uma revolução de caráter liberal para por fim a regência, além disso a ascensão do monarca ao poder cessariam todas as revolução separatistas que ocorrera no Brasil de meados do século XIX e promoveria estabilidade política, econômica e social. E foi exatamente isso que aconteceu, em 58 anos de reinado “nunca antes na história desse país” (e nunca depois também) houve tanta prosperidade e crescimento econômico e social como no período do Segundo Reinado.
  A tranquilidade e a veracidade do seu poder levaram o Brasil a posição de uma das nações mais importantes do século XIX, o próprio Imperador arbitrava em conflitos internacionais e tinha grande respeito e admiração pelos chefes de estado ao redor do mundo, sua figura no Brasil era de um Pai da pátria que acolhia a todos e assegurava liberdade de expressão e paz. Também herdou o pulso firme do seu pai, nos episódios da Guerra do Paraguai e do conflito com a Inglaterra, o imperador manteve se firme e defendeu sua pátria (até ameaçava o Senado dizendo que entraria nas guerras na linha de batalha), posições como essas não se veem todos os dias, nos dias de hoje menos ainda.
 E assim foi até sua morte, exilado na França, o imperador sofria de depressão, com a perda da Imperatriz e com a distância que manteve de seu país, e mesmo exilado, no momento de sua morte num modesto hotel do subúrbio parisiense o Imperador teve honras de Chefe de estado (mesmo contra as vontades do presidente do Brasil, Marechal Floriano Peixoto) foi o segundo maior cortejo fúnebre de toda a França, com a presença de reis e rainhas de toda a Europa, além de presidentes do continente Americano e de países como Pérsia, China, Turquia e Japão. E segue o cortejo por toda a Espanha até chegar em Portugal, onde inicialmente foi enterrado na Igreja de São Vicente de Fora, arredores de Lisboa no Panteão dos Bragança. O governo do Brasil na época tentou abafar a notícia da morte do Imperador ao máximo, e mesmo sem a autorização do governo foi declarado luto por todo o Brasil com missas de sétimo dia e bandeiras a meio mastro. Acredito que essa tentaria desesperada de sufocar a notícia, seria medo da parte do governo por mais revoltas do povo que ficara órfão do digníssimo chefe de estado que foi D.Pedro II, homem simples e honesto, amante de seu país, teve como ultimo suspiro as palavras que eu faço encerrar essa postagem:

"Deus que me conceda esses últimos desejos—paz e prosperidade para o Brasil." –
S.A.I.R Dom Pedro II do Brasil.



.:Yuri Marques

O fardo que levamos


  

O que podemos dizer da trajetória da República do Brasil? Infelizmente não são boas coisas, em 123 anos tivemos 9 golpes de estado, 4 assembleias constituintes, 10 repúblicas, 6 fechamentos do congresso (inclusive pelo 1ª presidente do Brasil);
  E as coisas não param por aí, a censura foi opressiva, ainda nos dias de hoje não temos plena liberdade de expressão, comediantes inclusive não podem fazer piadas políticas em tempos de eleição; vários jornais e periódicos foram fechados;
  Até o fim do Império do Brasil tivemos uma moeda forte (o mil réis), e desde 1942 tivemos nada menos que 8 moedas, a inflação também sofreu um aumento monstruoso e da medo nos brasileiros até os dias de hoje;
  Foram 36 presidentes, enquanto se tivéssemos mantido o império teríamos 3 chefes de estado depois de D.Pedro II, promovendo grande estabilidade política e econômica;
  O monarca é o símbolo vivo do estado e isso é incontestado em muitos países, já o presidente depois de prometer até os céus pra se eleger, fica ao julgo do seu partido que na realidade é quem exerce o poder;
   Por esses e outros motivos que podemos dizer que tivemos uma proclamação, mas foi proclamado no 15 de novembro o definhamento da nação e do povo brasileiro, e esse fardo que carregamos há 123 anos!

.: Yuri Marques
Dados retirados de: Casa Imperial do Brasil

Mitos da Proclamação da República



Tela:Proclamação da República, Benedito Calixto (1893)

Pouco se é divulgado sobre a verdadeira história que envolve a proclamação da república no Brasil, além de que no desenrolar da nossa história muito míticos foram inventados infantilmente para manchar e até mesmo fazer com que o povo tome desprezo pela monarquia brasileira. A verdade é que nas escolas e em grandes discursos de ícones da nossa política foi propagada uma ideia avessa aos verdadeiros motivos da proclamação da nossa república.

1ª A república não era a favor da abolição; Desde a independência do Brasil se discutia a abolição dos escravos e não só isso, todos os Imperadores do Brasil eram estritamente contra a escravidão, porém uma forte pressão da parte das oligarquias cafeicultoras era contra essa decisão e se a abolição fosse proclamada junto com a Independência, a monarquia seria juntamente extinguida por forças oligárquicas. Ao contrário disso, nada se falava da parte dos partidos republicanos sobre a abolição, na verdade a Lei Aurea (lei que declara todos os escravos livres no Brasil) foi o “trunfo” usado pelos militares para conseguir o apoio dos “Coronéis do Café” e derrubar o sistema monárquico.

2ª A proclamação da república não foi uma manifestação do povo; não, definitivamente não, no dia 15 de novembro quando um pelotão comandado pelo então Marechal Deodoro da Fonseca (futuro 1ª presidente do Brasil) se deslocava pelo centro do Rio de Janeiro até o Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista, para entregar a carta de exílio à Família Imperial, foram exclamado ao povo vivas à repúblicas, mas sem saber de nada que ocorria  a população da então capital do Brasil assistia a tudo aquilo como uma parada militar.
3ª A proclamação foi um golpe de estado; ao contrário do que aconteceu na França, Estados Unidos e outras nações do mundo, a queda da monarquia no Brasil não significou liberdade e muito menos teve o apoio da população; O Brasil de 1889 era uma nação economicamente estável e com uma liberdade de expressão que espantava até os mais liberais, o povo brasileiro daquela época tinha o Imperador D.Pedro II como o Pai da Pátria e era querido por todos os cantos do Brasil, talvez esse tenha sido o principal motivo para que Marechal Deodoro quisesse que a família imperial saísse para o exílio na calada da noite sem a presença do povo, além de tentar esconder alguns anos depois a morte de D.Pedro II. Também não podemos esquecer de que a inflação subiu monstruosamente nas primeiras décadas da república (e é um empecilho ainda nos dias de hoje) sem contar que o salário do Presidente era muito mais alto do que o imperador e a liberdade de expressão era muito mais baixa que na monarquia.

No fim das contas; A proclamação da república no Brasil serviu para alimentar o ego dos intelectuais que estavam embebecidos com as ideias e ideais dos acontecimentos políticos do século XIX, e para acalmar os ânimos dos militares que tinha cada vez menos espaço no meio político, mas em nada favoreceu no crescimento do Brasil além de impedir a reforma agrária que a princesa Isabel proporia ao primeiro ministro após a abolição da escravatura. Hoje podemos gozar de uma relativa liberdade de opinião e de uma economia prospera, mas para chegar a esse resultado perdemos décadas e décadas em opressão e retrocesso, diante de todos esses fatos que o governo ainda hoje faz questão de excluir das salas de aula eu me pergunto como seria se não houvesse a proclamação da república? Seriamos mais prósperos? Menos? A qualidade de vida seria melhor ou pior? É claro que não temos como quantificar tudo isso, mas antes de sairmos por aí arrotando opiniões incertas e ignorantes a respeito do nosso país, deveríamos olhar um pouco para trás para saber por que somos assim e como podemos melhorar, é mais prudente andar devagar de que dar um passo para trás.

Charge proclamação da república: "Acho que inventei um feriadão"

.:Yuri Marques

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