D.Pedro II, O Magnânimo.
Cerimônia de abertura anual da Assembléia Constituinte. "A Fala do Trono" - Pedro Américo 1872 |
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco
Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, conhecido como D.Pedro
II, ou melhor, O Magnânimo assim como
era muitas vezes chamado, foi o ultimo Imperador do Brasil e um dos homens mais celebres e
importantes para nossa pátria. Nascido no paço de São Cristóvão no Rio de
Janeiro no dia 2 de dezembro de 1825, sua vida foi marcada por perdas, poder,
inteligência e simplicidade, combinação essa que faz dele um digníssimo
Imperador.
Quando o jovem príncipe ainda tinha 5 anos de idade tornou se imperador
(de jure) pois seu Pai o então Imperador D.Pedro I abdicara do trono para tomar
a frente da Revolução Liberal do Porto, e desde então o jovem Pedro teve uma
vida muito regrada e direcionada aos estudos para se tornar um Imperador, com a
rígida observação dos seus Regentes. Sua mãe a Arquiduquesa da Áustria,
Imperatriz do Brasil Dona Leopoldina morreu um ano após seu nascimento, no parto
de um menino nascido morto, o jovem Pedro não tinha lembranças de sua mãe e as
lembranças que tivera do seu pai foram perdidas com o tempo e o que restou foi
que ouvia sobre sua mãe e a forte imagem de seu pai como seu imperador.
Pedro II tomou posse do trono de fato muito cedo, com então 14 anos aconteceu o Golpe da
Maioridade, uma revolução de caráter liberal para por fim a regência, além disso
a ascensão do monarca ao poder cessariam todas as revolução separatistas que
ocorrera no Brasil de meados do século XIX e promoveria estabilidade política, econômica
e social. E foi exatamente isso que aconteceu, em 58 anos de reinado “nunca
antes na história desse país” (e nunca depois também) houve tanta prosperidade
e crescimento econômico e social como no período do Segundo Reinado.
A tranquilidade e a veracidade do seu poder levaram o Brasil a posição
de uma das nações mais importantes do século XIX, o próprio Imperador arbitrava
em conflitos internacionais e tinha grande respeito e admiração pelos chefes de
estado ao redor do mundo, sua figura no Brasil era de um Pai da pátria que
acolhia a todos e assegurava liberdade de expressão e paz. Também herdou o
pulso firme do seu pai, nos episódios da Guerra do Paraguai e do conflito com a
Inglaterra, o imperador manteve se firme e defendeu sua pátria (até ameaçava o
Senado dizendo que entraria nas guerras na linha de batalha), posições como
essas não se veem todos os dias, nos dias de hoje menos ainda.
E assim foi até sua morte, exilado na França,
o imperador sofria de depressão, com a perda da Imperatriz e com a distância
que manteve de seu país, e mesmo exilado, no momento de sua morte num modesto
hotel do subúrbio parisiense o Imperador teve honras de Chefe de estado (mesmo
contra as vontades do presidente do Brasil, Marechal Floriano Peixoto) foi o
segundo maior cortejo fúnebre de toda a França, com a presença de reis e rainhas
de toda a Europa, além de presidentes do continente Americano e de países como
Pérsia, China, Turquia e Japão. E segue o cortejo por toda a Espanha até chegar
em Portugal, onde inicialmente foi enterrado na Igreja de São Vicente de Fora, arredores de Lisboa no Panteão dos Bragança. O governo do Brasil na época tentou abafar a notícia da morte do Imperador ao máximo, e mesmo sem a autorização do governo foi declarado luto por todo o Brasil com missas de sétimo dia e bandeiras a meio mastro. Acredito que essa tentaria desesperada de sufocar a notícia, seria medo da parte do governo por mais revoltas do povo que ficara órfão do digníssimo chefe de estado que foi D.Pedro II, homem simples e honesto, amante de seu país, teve como ultimo suspiro as palavras que eu faço encerrar essa postagem:
"Deus que me conceda esses últimos
desejos—paz e prosperidade para o Brasil." –
S.A.I.R
Dom Pedro II do Brasil.
.:Yuri
Marques
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